Rio São Francisco, 510 anos.

Famoso por ligar cinco estados brasileiros, o rio da integração nacional chega aos seus 510 anos com sérios problemas: assoreamento, esgoto, dejetos químicos de fábricas, agrotóxicos e muito lixo.

Cantado em prosa e verso, o Rio são Francisco agoniza dia-a-dia por uma revitalização que não chega, embora muitos movimentos sociais estejam na luta,  do outro lado, as forças políticas não tem demonstrado o mesmo empenho.

Suas cansadas artérias que alimentam inúmeros projetos de irrigação,  movimentam a economia ao longo do seu curso, mas até quando? 

Nos seus 2700km de extensão, o rio banha 506 municípios de contrastes. Uns ricos, outros estagnados economicamente.

O desmatamento da mata ciliar ao largo do alto São Francisco tem ocasionado sérios problemas como assoreamento no leito, extinção de nascentes e o desbarrancamento de suas margens. Como conseqüência as condições de navegabilidade do rio tem diminuído nos últimos tempos.

Trechos antes navegáveis, sem restrições, como entre Pirapora e Petrolina-Juazeiro e entre Piranhas e a foz estão hoje bastante limitados. A navegação comercial persiste entre os portos de Muquém do São Francisco (Ibotirama) e Petrolina-Juazeiro.

Outro problema é a evaporação do rio que tem diminuído seu volume, somado ao impacto ambiental provocado pelas hidrelétricas - Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso, Itaparica e Xingó - que abastecem todo o Nordeste e parte do Estado de Minas Gerais.